Responsabilidade ambiental e gestão eficiente impulsionam mudanças no segmento
Com o avanço das discussões sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental, o varejo farmacêutico vem ganhando destaque com ações que visam reduzir impactos e transformar o setor. Um dos principais desafios está no descarte correto de medicamentos vencidos ou inutilizados — medida essencial para evitar a contaminação do solo, da água e a exposição indevida de pessoas e animais a substâncias químicas.
De acordo com o empresário do ramo farmacêutico Ricardo Henrique de Castro Valente, o tema deixou de ser apenas uma preocupação ambiental e passou a ser também uma questão de gestão e credibilidade. “O setor farmacêutico precisa entender que a sustentabilidade é parte do negócio. O descarte correto não é apenas uma obrigação, mas um compromisso com a comunidade e com o futuro do planeta”, afirma.
No Brasil, o Programa Nacional de Logística Reversa de Medicamentos, regulamentado desde 2020, exige que farmácias e drogarias disponibilizem pontos de coleta para o público. No entanto, muitos consumidores ainda desconhecem essas estruturas. Para Valente, a conscientização é um dos maiores desafios. “As pessoas, em geral, guardam medicamentos vencidos em casa sem saber o que fazer com eles. Por isso, as ações de comunicação e educação ambiental são essenciais”, explica.
Algumas indústrias farmacêuticas vêm investindo em embalagens recicláveis, redução do uso de plástico e otimização do consumo de energia. Segundo Valente, essas mudanças têm impacto direto não só no meio ambiente, mas também na percepção dos consumidores. “O cliente de hoje valoriza marcas comprometidas com causas reais. Quando uma farmácia demonstra responsabilidade ambiental, ela cria laços de confiança e fidelidade”, pontua.
Além do descarte e da logística reversa, o empresário destaca a importância da gestão de estoque inteligente como aliada da sustentabilidade. “Evitar perdas por vencimento de medicamentos é uma forma eficaz de reduzir o desperdício. A tecnologia tem ajudado muito, oferecendo controle mais preciso e sustentável da operação”, comenta.
O movimento pela sustentabilidade no varejo farmacêutico mostra que responsabilidade ambiental e rentabilidade podem andar juntas. O futuro do setor depende dessa integração — afinal, não há mais espaço para empresas que não assumem seu papel social e ambiental.








